quarta-feira, 22 de março de 2023

Economia e Sociedade

Moeda e Lastro

Considerando que o dólar é o lastro do real, mesmo que não seja oficialmente definido como tal, mas abstração com mesmas consequências. É verdadeira a seguinte hipótese?

A vantagem de ser o proprietário da impressora da moeda fiduciária, utilizada por outros países para comércio internacional, é que ao fazer expansão monetária, outros países sofrem consequências semelhantes a um financiamento de dívida pública estrangeira, e importam inflação.

Neste caso, a moeda comum para comércio e reservas internacionais, deve ser criada e controlada pelo FMI e pelo Banco Mundial, seguindo critérios técnicos para retração e expansão monetária. O mais correto, entretanto; é que seja controlada por órgão da ONU, lastreada na democracia.

Plataforma Socioeconômica em Formato de Filme
Brasil Liberal ou Liberal Socialista?

Existe propriedade sobre a estrutura econômica e social que rege nossas vidas... tiveram determinadas origens e objetivos quando criadas. Construídas por determinados grupos com suas características de funcionamento. Mesmo que repassadas por gerações, trata-se de uma máquina construída por alguém, explorando, se apropriando, buscando perpetuar-se. É possível modificar a máquina? Não sem autorização do proprietário. Ou se tem autorização, ou constrói-se outra máquina, afinal nada de bom terá início com violência. Organizaram em tempos remotos o sistema bancário e as estruturas de controle, quando nada havia. Existe um certo mérito, e em última instância pode revelar uma incapacidade humana em aceitar um mundo sem tantos conflitos e desigualdades brutais, talvez faça parte da humanidade, com suas raízes primitivas baseadas em matar ou morrer. Por enquanto não há muito do que se orgulhar em se dizer humano.

Resolva as consequências ruins da automação, considerando um país de baixa renda com moeda já desvalorizada, sem se expor a inflação, sem subsídios e isenções com potencial para endividamento, resolvendo o problema do 'esquema em pirâmide' da previdência, fazendo justiça social no caminho e sem isolar o país para não provocar sucateamento. Não esqueça de reservar recursos para combater corrupção. A segurança pública por si só já é um desafio para qualquer governo, muito maior se considerado um que quer se responsabilizar por todas áreas (segurança, educação, saúde, estatais e infraestrutura).

Então, um filme, que poderia ser reescrito, para se transformar em um romance, ao invés de guerra.

Eleições, partido liberal no poder consegue estabelecer maioria.

Decide-se pela adoção do liberalismo. O estado se torna mínimo; regulamentação, fiscalização, segurança e justiça... saúde? Somente emergências e triagens, públicas. Educação? Somente ensino básico público.

Todas estatais são privatizadas, com exceção das extrativistas. Subsídios e isenções passam a ser considerados ilegais; consomem recursos e interferem no livre mercado. Regras rígidas contra monopólios e cartéis são criadas.

Vouchers custeados pelas extrativistas, passam a ser utilizados para pagamento de saúde e educação no sistema privado. Os que não utilizarem, recebem reembolso.

Investimentos em segurança permitem que encarcerados vivam em condições dignas, podendo estudar e trabalhar dentro de presídios, para custearem suas despesas e reduzirem suas penas.

O mercado de trabalho passa a ser regido pelas mesmas regras, seja servidor público, funcionário privado, militar, ou pertencente a classe política. A única diferenciação passa a ser estabilidade para servidores.

Na esfera política, fundo eleitoral é extinto, partidos que quiserem contribuições para eleições, devem conseguir via contribuição espontânea de seus eleitores. Apenas contribuições de pessoas físicas, e dentro de determinados limites, são permitidas.

Imposto sobre grandes fortunas e taxação de grande patrimônio pessoal de luxo são instituídos. Patrimônio dos muito ricos passa a estar concentrado na produção, e geração de empregos.

Todos maiores de idade passam a receber um valor, determinado pelo custo de vida, denominado Renda Básica Universal (RBU). Devido a imensa diversidade dos municípios do território nacional, salário mínimo passa a ser determinado pelos municípios.

Aposentadorias são extintas; todos que não estiverem no mercado de trabalho, incluindo aposentados, passam a receber RBU. Fundos de investimento complementam renda. Não existem mais exceções, todos possuem os mesmos direitos trabalhistas, penais, fiscais, etc.

Bancos públicos são orientados a emprestarem apenas para empresários, com critérios de contratação de mão de obra. Qualquer patrimônio não produtivo passa a ser financiado apenas por bancos privados, incluindo empréstimos para servidores públicos.

Direitos diferenciados, para além das deficiências, são considerados violação de direitos humanos, e votados ilegais por ampla maioria. Uma sociedade isenta de privilégios é alcançada; nunca índices de bem estar social foram tão elevados.

As fronteiras para comércio internacional são abertas e inexistem barreiras tarifárias, o que permite inovação e desenvolvimento, afinal; tem-se acesso, no mercado interno, a insumos que o país foi incapaz de produzir.

Então; começa a guerra.

O progressismo dos privilégios e subsídios, e o neoliberalismo das isenções, passa a vigorar em duas potências estrangeiras.

EUA e RPC adotam o regime progressista dos privilégios e subsídios, e neoliberal das isenções específicas.

As empresas de tais países são subsidiadas, o que faz disparar suas dívidas públicas. A desigualdade extrema reina entre seus cidadãos. Não possuem acesso a saúde, educação, segurança; nada.

Por serem subsidiadas, as empresas de tais países tornam-se predatórias, destroem o ecossistema financeiro, e indústria, global.

No Brasil; crise. Como um país liberal irá adotar políticas protecionistas, se são contrárias a doutrina? Em medida desesperada, Brasil cogita criar barreiras tarifárias para proteger suas empresas.

Vence a manutenção pelos fundamentos da doutrina, mesmo em uma relação injusta. O país permanece aberto. Suas indústrias são destruídas, suas empresas ficam de joelhos. Estado de desastre, desemprego dispara.

Agropecuária de grande porte é estatizada. O país luta para manter RBU, utilizando superávit das extrativistas, para todos seus cidadãos. Nada mais se tem, além do mínimo.

Com o passar do tempo, e em guerra econômica, EUA e RPC totalmente militarizados, entram em guerra total. Metade do planeta é reduzido a cinzas.

Brasil potência mundial.

Doutrinas

Liberal, neoliberal e progressista: qual a diferença?

Neoliberais e progressistas, assim como liberais, são capitalistas. A diferença é que os neoliberais e progressistas deixaram os fundamentos liberais de lado, e se venderam para o estado dos privilégios e para o lobby empresarial. Liberalismo não é pode tudo. No liberalismo existem regulamentos com o menor número de exceções possíveis. Exceção (uma isenção ou um direito diferenciado) é uma ineficiência; uma burocracia.

Liberais são contra qualquer privilégio no setor público, assim como são contra isenções e guerra fiscal proporcionada pelo público ao privado. Principalmente são contra o tratamento diferenciado por parte de um governo a uma instituição privada qualquer. Por que? Por que trata-se de uma interferência artificial no mercado, que desfaz o propósito do liberalismo; a competição justa e nivelada entre instituições privadas. E o que acontece quando os fundamentos são ignorados? A casa cai.

A Pedagogia do Oprimido, de Paulo Freire, e a Brutalidade dos Impostos
Empreendedor: tributar dividendos é oprimir minha natureza, aprisionar minha alma, é me colocar em uma hierarquia que não aceito, e colocar nas mãos de homens o que deveria estar apenas nas mãos de Deus.
Fato: precisamos de serviços públicos, mesmo que saúde e educação sejam completamente privatizadas. Sempre teremos algo em comum, e isto sempre terá um custo.
Empreendido: minha natureza não me concede o poder de determinar se pago ou não impostos. A quem pertence minha alma?
Resultado: todos decidem empreender. Impossível não pagar impostos, afinal; sempre teremos algo em comum. Quem não está querendo pagar a sua parte?

Alguns Autores da Diversidade, Direitos Humanos e Antropologia